Tive o privilégio de acolher na Lourinhã no passado sábado, o que muito agradeço, os meus amigos sketchers e desenhadores, que venho encontrando noutras ocasiões e locais (e outros que não conhecia) a propósito de encontros/eventos de desenho ou pintura, workshops, etc. sempres unidos numa mesma vontade de olhar e pôr no papel ou na tela aquilo que vemos (ou não...), com riscos ou sem eles, com colagens, manchas de cor ou sem ela e materiais diversos. O dia de Sábado prometia chuva, mas assim não aconteceu e junto à Igreja de Santa Maria do Castelo (na parte alta da vila, monumento nacional do séc. XIV) permanecemos até à hora do almoço.
Este tardou, é certo, mas ninguém arredou pé e de tarde se continuou a tarefa. Junto ao Convento de Santo António, recebi de tarde dois grandes organizadores de eventos, o André e o Pedro, que com a Ana Frazão me ajudaram nos preparativos desta actividade. Felicito, além da Ana, do André e do Pedro, o meu amigo José Manuel Ferreira por ter cativado os "seus" aguarelistas para virem à Lourinhã. Também me encantou o facto de poder juntar alguns artistas locais, e assim se terem construído e partilhado belíssimos trabalhos.
O pior foi a minha inspiração que fugiu, e tempo para fazer desenhos também. Acabei hoje metade do caderno, daqueles esboços que tinha feito no local. Aqui ficam os malfadados desenhos.
A
inspiração nos escapa
em gotas
livres ao vento,
breves
salpicos de arte
soltos
por um momento.
Não a
teremos sempre
e poucas vezes se revela,
presa
de muitos tons
ocultos
numa aguarela.
Ana Ramos
2-04-2016
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