quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Santa Cruz, na esplanada a ver artistas a passar

De manhã, enquanto tomávamos o pequeno almoço, os artistas iam chegando. No ar estava aquela chuvinha "molha tolos", mas nem isso afastou artistas e turistas. À minha frente estavam duas senhoras, que fizeram o debate "mais pequeno do mundo" em torno das notícias do jornal. Esmiuçaram todas as notícias com aparente conhecimento de causa (???), desde a economia mundial, até à ultima trumpalhada. Sem ler, fiquei a saber o que passa no mundo (aos olhos de duas ilustres desconhecidas). 
 
Lá em baixo vislumbro o inconfundível cabelo cor de prata do meu avô Armando Duarte (mais conhecido pelo Gigante), no seu passeio matinal diário por Santa Cruz. Vive na Boavista há cerca de 70 anos, mas nunca cortou o cordão umbilical.  Cumprimentámos os aguarelistas e entrámos na Casa Aguarela. "Sabes o que era esta casa?" "Não avô, mas tenho a certeza que me vai contar". "era uma taberna... quem a viu e quem a vê". Depois desta introdução contou-me mais umas boas histórias da sua infância e de como era esta aldeia há 80 anos. E como eu gosto dessas histórias. É impressionante a sua transformação. Nem tudo é bom, tanto ao nível do urbanismo como o famoso "clima ra/manhoso", mas alguma magia há de ter. Caso contrário não teria as ruas a abarrotar num dia de "chuva molha tolos".
 
 

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