domingo, 29 de abril de 2018

Latitudes - encontro USK Pt - tarde

Depois do almoço no Muralhas, começou a chover. Dividimo-nos à procura de abrigos para desenhar.

Abriguei-me na Igreja de S. Pedro para desenhar a Igreja de S. Martinho.


Mais uns metros e um novo abrigo, um novo enquadramento. Confesso que de todos, este é o meu favorito. 

Um novo abrigo, um novo registo.


Às 17h "inaugurámos" a nossa exposição, na Casa da Música.


Apesar do cansaço e da chuva, decidimos ficar para a apresentação do José Paula (Marrocos) e do Grupo do Risco (Príncipe). Foi uma excelente decisão, valeu mesmo a pena.


A espera convidou a um último desenho. 

Para o ano há mais. Parabéns aos USK PT e à organização do festival de literatura. 


sábado, 28 de abril de 2018

Latitudes - encontro USK PT

O 1º do dia, sentado na esplanada da Casa Música, onde se encontra a exposição de desenhos dos urban sketchers. Um desenho inacabado.



2º - Fugimos da rua principal em busca de recantos menos conhecidos. 


3º Uma tentativa de panorâmica. Perdi-me nas cores, mas faz parte - tentativa-e-erro.


4º Conferência com Marco Costa. Há alguns anos que sigo o trabalho do Marco. Tive a sorte de conhecê-lo num fim-de-semana de sketchers na Casa Amora, creio que em 2015, onde pude conhecer os seus cadernos tão singulares. A comunicação de hoje reforçou a minha admiração pelo seu trabalho. 


Os desenhos da tarde serão publicados em breve, mas posso adiantar que apesar da chuva (tarde), foi um dia bem preenchido e muito bem passado.

Fotografia de grupo da manhã.




sexta-feira, 27 de abril de 2018

Leonardo - o Inventor

No passado dia 5 de abril fomos visitar a exposição do Leonardo Da Vinci, na Cordoaria Nacional. Aproveitámos para desenhar em equipa.
 
 
 
 
mas o Tomás foi a estrela com estes desenhos criativos. As engenhocas do Leonardo nunca mais serão as mesmas.
 
No final da tarde, uma paragem numa esplanada junto ao Cais do Sodré.
 
 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Quinta das Fontainhas, nora de água

A limpeza de terrenos trouxe a descoberto uma nora antiga, existente na Quinta das Fontainhas, situada entre as Termas dos Cucos e o aqueduto de Torres Vedras.
 
O desenho abaixo apresenta parte da casa senhorial, ou o que resta dela. Do lado direito a estrutura que albergava a antiga nora.
 
 
 O desenho que se segue, tenta ilustrar parte da estrutura existente que incluindo o engenho.
 
Há poucos dias nada disto era visível, cheio de mato que tapava integralmente a estrutura.
 
Tudo indica que terá sido construída no séc. XVIII. Pelo que se sabe, é única no concelho.
Fica o registo, na esperança de um futuro mais risonho.
 
 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Benjamim

Hoje a cidade de Torres Vedras ficou mais pobre, tendo perdido uma personalidade marcante da sua identidade - Benjamim.

Quem quisesse encontrá-lo, bastava ir até à Rua 9 de Abril e lá estava ele, acompanhado pelo trolley e pelos seus amigos pombos, aconchegado pelo seu "xaile" a ouvir a música que saía da sua telefonia. Aquela rua era a sua casa e sem ele nunca mais será a mesma...e nós também não. Descansa em paz Benjamim.




sexta-feira, 13 de abril de 2018

Física | 93 anos

Parabéns Física |  Obrigado Física | Rumo aos 100

5 anos de gratidão. Se eu soubesse que era dia de aniversário, tinha caprichado mais no desenho. 





quarta-feira, 11 de abril de 2018

Desenhar moinhos

E não houve chuva que impedisse os Oestesketchers de riscar e aguarelar copiosamente moinhos de vento!
Foi sábado, 7 de Abril,  tal como testemunham os vários posts que já rolam aqui no blog. Portanto,  não  me alongo mais e passo aos riscos...
 O primeiro,  comodamente sentada ao abrigo das bátegas de água debaixo do capelo do mais velho dos moinhos dos Constantinos, herança da família primorosamente recuperado!

 O segundo,  um rabisco rápido na saca de farinha,  que ficou de recordação para o Sr. Joaquim Constantino,  junto com os rabiscos dos outros sketchers.

 O terceiro,  no moinho da Várzea  em Caixeiros.  Moinho construído em 1836,  preservado pela Junta de freguesia. A paragem de autocarro do outro lado da rua,  abrigou-me da  chuva e a mais duas sketchers. Mas houve  belas abertas!

 Por último,  a azenha de Sta. Cruz. Um agradecimento especial ao André Duarte Baptista que congemina  frequentemente encontros sketcheiros fantásticos!

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Dia Nacional dos Moinhos | parte da manhã

Desafiei os Oeste Sketchers a comemorar o Dia Nacional dos Moinhos, com um encontro de desenho em Torres Vedras. Desafio aceite, roteiro desenhado: Bordinheira, Caixeiros, Azenha de Santa Cruz. Quando saí de casa, aproveitei para treinar e começar o dia com esta paisagem, uma velha conhecida, toda ela marcada por moinhos tradicionais e industriais (energia eólica).

Aproveito para agradecer aos coordenadores (Ana Ramos, Pedro Alves e Bruno Vieira), por esta resposta, mas sobretudo pelo excelente trabalho que têm desenvolvido.


Junto às Estação de Serviço BP Casalinhos de Alfaiata (ilustração do autor). 

10h - os desenhadores vão chegando. Algumas desistências devido à chuva, mas tivemos umas estreias no grupo, a Susana Coelho membro do grupo Évora Sketchers e uma estreia absoluta no desenho, a Carla Inácio de Torres Vedras. O primeiro a chegar foi o Sr. Joaquim Constantino, mais conhecido por Quim, moleiro e nosso anfitrião. A sua casa fica junto ao moinho e abaixo da casa fica a moagem. O quotidiano deste moleiro  divide-se essencialmente por estes três espaços. O seu patrão é o vento, pois é ele quem lhe dá ordens e sustento. Apesar de hoje ter a sua moagem mecanizada, o moinho continua a moer cereais de forma tradicional. A sua produção divide-se entre o artesanal e o industrial, mas o que não se divide é a qualidade da farinha - única e de excelência.  O Sr. Joaquim é a terceira geração de moleiros, tudo começou com o seu avô, ainda no séc. XIX, com o Moinho Frade, que actualmente pertence a uma prima. O seu pai continuou com a profissão e no ano de 1946 construiu o segundo moinho do Casal Moinho Frade, o agora conhecido "Moinho do Constantino".

 Sábado costuma ser um dia agitado, mas a generosidade deste moleiro levou-o a reservar a manhã para nós.  Colocou as velas a jeito, mas não as soltou, devido ao mau tempo. Apenas para a fotografia... ou melhor, apenas para o desenho.



 

 




 



   (Fotografias do autor)
A chuva demorou a chegar, até por que "ela anda ali mais para o lado da Freiria. Lá está negro, eles andam a rezar pouco", rematava assim o Sr. Joaquim com a sua risada que tão bem o caracteriza. Aproveitei para fazer mais um desenho.




À direita o original Moinho do Constantino e à esquerda uma réplica feita pelo Sr. Joaquim (ilustração do autor).

Afinal não é só na Freiria que se reza pouco, na Bordinheira também. A chuva chegou, mas em forma de aguaceiros rápidos. Os moinhos e a moagem transformaram-se em abrigos. O excelente estado de conservação em que se encontram, conferiram todo o conforto necessário para uma boa manhã de desenho. As abertas eram aproveitadas por alguns. Outros transformaram a moagem num verdadeiro atelier, e ainda houve quem preferisse o automóvel.


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(Fotografias do autor)

E outros, como eu, aproveitaram para saber o que é "habitar" um moinho. Instalei-me no 3º piso, junto ao capelo. O som da chuva a bater no capelo é música para os ouvidos. A visão perde-se perante tantos pormenores - madeira, pedra, metal, cordas... Tanto para desenhar, tanto para Ver.  Um lugar mágico por um lado, mas por outro lado leva-nos a imaginar a vida dura que os moleiros tinham.

Desenho feito no 3º piso do moinho Frade (ilustração do autor).

No final, lancei o desafio de deixarmos com o Sr. Joaquim uma lembrança da nossa passagem. Pegar numa saca de farinha nova e personaliza-la com um desenho de cada desenhador. Aceite e superado.


(Fotografias do autor)


No momento da habitual partilha e foto de grupo, tivemos o privilégio de conhecer o moleiro mais antigo da freguesia da Ventosa, o Sr. Benedito Ferreira Carinho, que este ano celebrará 90 anos de vida, quase toda dedicada aos moinhos. Nunca teve outra profissão, foi amor para a toda a vida e isso percebe-se no brilho dos olhos, quando fala sobre os moinhos e os moleiros. Imaginem só as histórias que ele tem para contar. Combinámos um encontro, para conhecer o seu velhinho moinho do Cortiço, mas sobretudo para ouvir as histórias que tem para partilhar. 

O seu moinho, localizado em Bonabal, está abandonado desde a década de 1970, quando "uma espécie de tufão passou por lá e levou o capelo. Foi uma dor de alma, um dos dias mais tristes da minha vida, nem sabia o que fazer. Mas fiz-me ao caminho e construí uma pequena moagem e continuei a trabalhar até não poder mais. Hoje é o meu filho que segue com o negócio, mas o moinho nunca mais foi recuperado, continua lá em ruína, é uma tristeza. Mas custa muito dinheiro arranjar aquilo..." (Sr. Benedito)






Enquanto conversava com Sr. Benedito, saíram uns registos para memória futura.